quinta-feira, 12 de abril de 2012 1 comentários

Os trabalhos de John Dewey e Freinet e sua relação com o trabalho por projeto.



Rachel da Silva Bezerra.

Numa leitura do pensamento de John Dewey em busca de um aspecto importante para o trabalho com projetos, quero citar aqui o princípio “os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados” citados por Ferrari*.
A realização de tarefas que parte do interesse do aluno em descobrir, em conhecer algo. E a proposta de trabalhar por projetos tem muito disso, o aluno fazendo parte do processo de autoria, de criação, da liberdade de escolha e da proposta de compartilhar as descobertas, o conhecimento adquirido. Os educadores convergem na proposta de projeto, quando expressão sua preferência pelo ensino partir do interesse do aluno.
Buscar o conhecimento e desenvolvê-lo democraticamente, é muito mais prazeroso, pois parte do conhecimento já adquirido pelo aluno, de indagações de seu cotidiano ou problemáticas de sua geração, etc.
O fato de conhecer o todo do processo também estimula a responsabilidade pela realização das etapas do mesmo.
E aqui quero chamar atenção a um dos deveres do professor, que para Freinet é “estimular as crianças a fazer experiências, procurar respostas para suas necessidades e inquietações, ajudando e sendo ajudadas por seus colegas e buscando no professor alguém que organize o trabalho”**; outro aspecto que nos remete ao trabalho por projetos, visto que tira o professor do papel de quem repassa conhecimento (que não garante o outro lado do processo de ensino... A aprendizagem pelo aluno), colocando o professor no papel de fomentador da curiosidade, da busca de respostas, do uso de estratégias mais interessantes para essa busca, do uso de recursos tecnológicos que podem melhorar a pesquisa, a reflexão, a comunicação, o compartilhamento do conhecimento construído e produzido pelos alunos.

        FERRARI, Marcio. John Dewey: o pensador que pôs a prática em foco. Nova Escola, São Paulo, jul.2008. Edição especial grandes pensadores. Disponível em:http://revistaescola.abril.uol.com.br/historia/pratica-pedagogica/john-dewey-428136.shtml. Acesso em: 12 abr. 2012.

**  FERRARI, Marcio. Célestin Freinet: o mestre do trabalho e do bom          senso. Nova Escola, São Paulo, jul.2008. Edição especial grandes pensadores. Disponível em:http://revistaescola.abril.uol.com.br/historia/pratica-pedagogica/mestre-trabalho-bom-senso-423309.shtml. Acesso em: 12 abr. 2012.


sábado, 7 de abril de 2012 0 comentários
“Para a maioria das pessoas, a tecnologia torna a vida mais fácil, para uma pessoa com necessidades especiais, a tecnologia torna as coisas possíveis” Francisco Godinho
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Minha experiência com o DOSVOX


Durante a experiência de escrever e ler um texto no DOSVOX foi possível vivenciar a dificuldade no momento da leitura, devido a fala não ser muito audível, o que provocou certo desconforto no momento da leitura que não foi muito acessível. Chamou-me atenção, mais uma vez, como na atividade anterior com o teclado virtual, perceber da necessidade de automatizar determinadas ações, para que se torne o uso do computador o mais simples possível, para que o usuário possa se dedicar na leitura, na escrita do texto em questão, no estudo que está sendo realizado, e não tanto na mecânica de uso da máquina.
Interessante observar sobre a nossa necessidade de amenizar ou anular o pensar no movimento que precisamos fazer para realizar determinadas tarefas. O deficiente com suas limitações, no caso visual, precisam aguçar outros sentidos para realizar suas atividades cotidianas com qualidade; e no caso do uso do recurso do DOSVOX, de forma diferente e igual ao mesmo tempo do teclado virtual, a necessidade é de adaptação ao uso. Penso que, a partir do momento que se automatiza o movimento, o focar na tarefa principal a ser desenvolvida torna-se possível e mais prazeroso.
Comparável ao inicio do uso do mouse, quando precisamos realizar exercícios para nos acostumarmos a suavidade e leveza do mesmo. Até perceber a coordenação visual tátil com o mouse como desnecessária exige prática...
Por outro lado, pensar na capacidade do ser humano de superar limites potencializando suas habilidades é sem dúvida... Fantástico!
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Digitando sem Teclado: possibilidades do Teclado Virtual Livre.


Para quem tem condições de realizar o uso do teclado manual no computador, a experiência com o teclado virtual é sinônimo de lentidão, porque já está mecanizado o movimento necessário para o uso do mesmo.
Mas se nos colocarmos no lugar de uma pessoa que não tem essa possibilidade mecânica, podemos perceber o quanto o teclado virtual vem melhorar a qualidade no uso do computador para os deficientes físicos.
Durante a experiência de uso do teclado virtual, chamou atenção a perspectiva de o teclado melhorar o acesso de uma pessoa com restrição motora ao computador, visto que o aplicativo reduz a necessidade de movimento que é preciso no teclado manual. Enriquecendo a experiência com o vídeo Simulador de teclado onde podemos visualizar a qualidade no uso do computador das pessoas entrevistadas, pois o mecanismo é adaptado para as partes do corpo que o deficiente físico tem certa mecânica de movimento ativa, acoplando acionadores, apontadores, etc, sem exageros de movimento que poderiam provocar um desgaste energético desnecessário, permitindo assim que o usuário se dedique a atividade desenvolvida na máquina e não a mecânica de uso da mesma.
A necessidade deve ser a de automatizar o uso do equipamento, com exercícios para desenvolver a mesma, o que é uma questão de aprendizagem e tempo.
terça-feira, 3 de abril de 2012 0 comentários

Minha história com a máquina chamada...computador!



Falar de projeto pessoal e profissional é muito especial para mim, enquanto realização contínua de um desejo que foi plantado a aproximadamente treze anos atras quando me interessei a primeira vez por computadores.
Ainda era uma adolescente aluna do segundo grau e ouvia falar de computadores e de longe crescia a curiosidade pela utilização dos mesmos. Então meu pai me matriculou num curso de informática, que para minha infelicidade era na linguagem DOS, o que me desmotivou completamente para o curso, pois imaginava que iria chegar aprendendo a manusear a maquina, o que não aconteceu, pois tivemos quase 10 aulas sem se quer chegar perto do computador.
Uns dois anos se passaram e um amigo da mesma idade que fazia o curso técnico em informática, me apresentou o sistema operacional da Microsoft, cheio de ícones e cores que me fizeram voltar ao desejo de conhecer a maquina computador.
Em 2001, pelo NTE Marco ZeroAP, iniciei meu primeiro curso de tecnologias, como professora da rede estadual de educação do estado do Amapá. Muito esforçada e dedicada participava do curso, que ainda era realizado no Windows.
O curso tinha sua base na elaboração de projetos, sendo que no decorrer do mesmo tínhamos as oficinas de editor de texto, de planilhas, slides, site entre outras.
E a ideia de pensar no coletivo sobre um determinado tema, pesquisá-lo, estudá-lo para refletir e propor ações sobre ele na escola, sequencia da ideia de elaborar projetos nessa formação, me acompanham até hoje.
Na época o curso não foi concluído devido a uma gravidez de risco, lembrando que na época, o curso era todo presencial, o que impossibilitava minha estada nas aulas no NTE.
Mas o aprendizado do curso, a proposta do trabalho por projetos me acompanha. A organização para a realização de um plano, projetá-lo é uma estratégia de ação que pode trazer praticidade na vida de um modo geral, principalmente quando nos deparamos com a necessidade de planejar o uso do tempo.
A nível de educação, trabalhar com elaboração de projetos é trazer o aluno para dentro do mundo do planejamento das ações a serem desenvolvidas, seja a nível de sala de aula ou da escola como um todo, pois ele é direcionado ao exercício do aprender a aprender, tornando-se autor do seu estar na escola, na sociedade, a partir do momento em que se percebe como parte atuante no processo de construção de sua própria aprendizagem.
Retornando a minha história, posso dizer que ficou uma lacuna em minha vida, por não ter concluído o curso em 2001, mas meu outro projeto lindo nasceu, meu filho primogênito, que foi muito bem planejado e esperado.
E ano passado, dez anos depois, consegui vedar a lacuna. Retornei aos cursos do NTE e fui participando simultaneamente do cursoIntrodução a educação digital40 horas eTICs na educação: ensinando e aprendendo com as TICs100 horas. E os estudos em EAD são alguns dos momentos mais gratificantes para mim. estou no terceiro curso da plataforma eproinfo, também estou participando do curso pela plataforma teleduc de Tecnologias acessíveis e outro na modlle de segurança no uso da internet. E os maiores e melhores ensinamentos que venho aprimorando com a educação a distancia são: organização, disciplina, exercício da leitura crítica, escrita mais elaborada e a socialização de meus projetos de ação.
É o aprender a aprender, junto com o aprender a ensinar na era das tecnologias, que nos leva a nunca saciar a sede do saber, e que nos faz multiplicadores desse modo de aprender.

 
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